segunda-feira, 3 de junho de 2013

Forró e Arrocha: a dupla perfeita do São João.

Festa de Itaporanga mistura estilos e agrada o público
Mistura de ritmos atraiu multidão à Praça de Eventos de Itaporanga (Fotos: Ana Lícia Menezes)
Foi-se o tempo em que a mistura de ritmos nas festas juninas causava algum desconforto ou dividia opiniões. Pelo menos no Arraiá D’Ajuda, em Itaporanga, cuja abertura ocorreu neste sábado, 1º de junho, a combinação entre Forró e Arrocha na programação foi crucial para que a Praça de Eventos da cidade estivesse lotada de forrozeiros de todos os cantos do Estado.
Comandada pela banda Calcinha Preta, Wesley Safadão & Banda Garota Safada e pelo cantor Pablo, a noite de festa foi aguardada com grande ansiedade por parte dos adeptos dos dois estilos.
A estudante de enfermagem Camile Pereira, disse que a mistura foi essencial para que ela decidisse curtir a festa. “Dessa maneira, a festa acaba agradando a todos os gostos. Gosto muito de arrocha, mas prefiro o forró. Se eles vierem juntos, então, melhor ainda”, diz.
A mistura também é aprovada pelo taxista Gilne Vidal Santos. Para ele, o melhor aspecto das festas que combinam forró e arrocha na programação é que dá para dançar até o sol raiar. “Desse jeito, só fica parado quem quer”, diz. Ele não esconde, contudo, que o motivo que o levou a Itaporanga foi o arrocha – estilo de música que prefere, mesmo sem renegar a origem forrozeira. “Vim ver o show de Pablo”, avisa.
Philipe diz que amos os estilos permitem dançar agarradinho
O casal Genildes Modesto e Charles Silva tem opinião semelhante. “Hoje, não há como fazer uma festa nessa época do ano sem colocar bandas dos dois estilos. Sem eles, não dá para dançar”, garante Charles. Genildes emenda que ao optarem pela mistura, as festas acabam agradando a mais gente. “Fica bem eclético e isso é muito bom”, garante.
Mas qual seria o motivo para que alguém tenha tido a ideia de misturar ambos? O estudante de Ciências Contábeis Philipe Moura tem uma tese, no mínimo, coerente – e que encontra respaldo nas opiniões dos que foram entrevistados até aqui.
Para ele, a junção entre forró e arrocha nas festas juninas dá certo porque ambos permitem que os casais dancem agarradinhos.  “Acredito que o arrocha ganhou maior apelo, inclusive, quando começou a ser misturado com o forró. Mas curtir os dois é muito bom”, defende o estudante.
Philipe não esconde a preferência pelo forró. “Sou forrozeiro nato, garante. Ele  acrescenta, porém, que não há motivo para que haja uma batalha entre os dois estilos pela preferência do público. “O forró, nessa época, é soberano. Nada o substitui”, afirma. Palavra de forrozeiro.
Por Diógenes de Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário